Memórias da Construção da Saúde Digital no SUS
- Adenilson Barcelos de Miranda
- há 1 dia
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Atualizado: há 2 horas

No dia 16 de dezembro de 2025, o 3º Encontro de Ações da SEIDIGI, realizado no San Marco Hotel, em Brasília, inscreveu-se como um momento de pausa reflexiva no cotidiano intenso da gestão pública em saúde. Reunindo equipes e trajetórias do Departamento de Saúde Digital (DESD), do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS), o encontro constituiu-se como um espaço de convergência entre práticas, memórias e projetos que vêm sustentando a construção da agenda da Saúde Digital no Sistema Único de Saúde.
Ao longo do dia, entre falas institucionais, dinâmicas de integração e momentos de escuta compartilhada, o encontro evidenciou que a transformação digital no SUS não se faz apenas por sistemas, normas ou tecnologias, mas sobretudo pelas pessoas que as concebem, operam e reinventam no cotidiano do trabalho. O reconhecimento e os agradecimentos dedicados às equipes reafirmaram a centralidade do esforço coletivo e da cooperação interdepartamental como fundamentos dessa trajetória.
Mais do que uma agenda formal, o 3º Encontro de Ações da SEIDIGI configurou-se como um marco simbólico: um tempo de rememorar caminhos percorridos, valorizar saberes acumulados e renovar compromissos diante dos desafios futuros. Nesse gesto de encontro, a Saúde Digital reafirmou-se não apenas como política pública, mas como processo histórico em construção, tecido no diálogo contínuo entre inovação, gestão e cuidado.

Em perspectiva pessoal, esse encontro também funcionou como um ponto de inflexão no percurso de trabalho construído ao longo do tempo. Ao revisitar processos, decisões e esforços cotidianos, tornou-se possível reconhecer que cada avanço alcançado foi resultado de um acúmulo paciente de aprendizagens, negociações e insistências, muitas vezes invisíveis nos registros formais. O percurso na Saúde Digital revelou-se menos como uma linha contínua e mais como um caminho feito de tentativas, ajustes e permanências, no qual o trabalho coletivo sustentou a travessia dos desafios institucionais. Nesse movimento, o esforço deixou de ser apenas tarefa para se tornar compromisso com o SUS, com as equipes e com a convicção de que a transformação digital se constrói no tempo, na escuta e na responsabilidade compartilhada.



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